Com foco em prevenção e protagonismo, Humana Brasil leva atendimento a 200 indígenas na Ilha do Bananal

Por meio de iniciativas transformadoras, a Humana Brasil continua promovendo saúde preventiva e apoio real a quem cuida do território brasileiro com sabedoria — os povos indígenas. Com o Projeto Saúde Indígena, 120 pessoas das aldeias Pirajuí, Paraguassu, Potrero Guaçu e Arroyo Korá, em Paranhos-MS, vivenciaram de perto a melhoria da qualidade de vida de suas famílias através da promoção de práticas de bem-estar. 

Agora, a Humana Brasil amplia seu alcance, expandindo as atividades para as aldeias Canuanã, São João, Maranin Hawa e Txuiri, em Formoso do Araguaia-TO, na Ilha do Bananal. Com cerca de 80 mulheres participando dos encontros semanais, o Projeto Saúde Indígena Javaé está contribuindo para a prevenção de doenças com o diagnóstico precoce.

As ações estão alinhadas com as políticas e os programas do SUS, valorizando as práticas de saúde tradicionais indígenas. 

“É difícil trazer esse tipo de projeto para cá. Por isso, estamos felizes. O que aprendemos aqui, vamos levar para frente, vamos produzir e fazer em nossas casas”, relata Beluanaru Karaja, participante do projeto na aldeia São João. A iniciativa também inclui oficinas voltadas à geração de renda e ao estímulo da criatividade, como minicursos de tempero caseiro, crochê e sabonete artesanal. 

Oficina de geladinho gourmet na aldeia Canuanã

Segundo Deborah Damasceno, coordenadora de projetos na Humana Brasil, as atividades são cuidadosamente planejadas, ouvindo as necessidades das comunidades. “Nosso propósito é fortalecer a garantia de direitos e o protagonismo das aldeias. Por meio de abordagens educativas sobre saúde, incentivamos a construção de hábitos saudáveis e oferecemos oficinas para que as participantes aprendam a gerar sua própria fonte de renda”, explica Deborah Damasceno. 

Atividade de saúde preventiva com foco no combate à dengue, realizada na aldeia Txuiri

Escolinha de Futebol 

Como parte do projeto, serão promovidas aulas de futebol nas quatro aldeias, atendendo 120 crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos. Na escolinha, o esporte será praticado de forma integrada à realidade das comunidades, reforçando o sentimento de pertencimento. Durante os treinos, os participantes desenvolverão habilidades físicas, emocionais e sociais, como disciplina e autoestima. 

“Para essas crianças e adolescentes, o futebol representa um espaço de proteção, aprendizado e sonho. Eles sonham em ser atletas, em representar suas aldeias, ou simplesmente em crescer com dignidade e orgulho de quem são. A iniciativa mostra como o esporte pode ser um instrumento de inclusão e de esperança para as novas gerações indígenas”, declara a coordenadora Deborah. 

Participantes da escolinha de futebol da aldeia Txuiri

Ao final de cada semestre, serão realizados jogos amistosos entre as aldeias, promovendo o espírito de equipe e a troca de experiências entre os participantes. Como encerramento do projeto, será promovido um torneio reunindo todas as comunidades, fortalecendo os vínculos comunitários e celebrando os resultados alcançados ao longo das atividades.

O Projeto Saúde Indígena Javaé conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Formoso do Araguaia, da Secretaria de Assistência Social de Formoso do Araguaia, do Banco Daycoval, da RD Saúde, da Drogasil e com o apoio da Associação Conjaba.